Outros planos: Brasília
Os sete projetos finalistas do concurso para o Plano Piloto da então nova capital do Brasil, realizado em 1957, estão na mostra “Outros Planos: Brasília”, que traz as várias soluções urbanísticas, premiadas e ainda pouco conhecidas, e que tiveram um único objetivo: propor uma cidade ideal como capital do país.
Serão apresentadas, em detalhes, as possíveis Brasílias em que os pedestres caminhariam em esteiras rolantes ou onde carros e ônibus circulariam por dentro de gigantescos edifícios. “Hoje, sabemos da existência de mais de 30 planos para Brasília”, diz Eduardo Della Manna. “Esse conjunto de propostas carrega uma diversidade de soluções urbanísticas, algumas tradicionais, outras inovadoras, ainda pouco conhecidas”.
Uma visão crítica sobre a Brasília, que está completando 50 anos, passa pelo conhecimento de sua história. Qual foi o legado do projeto urbano da nova capital? E como teriam sido os outros projetos não construídos? Estas questões permeiam a mostra e os dois debates que serão realizados com alguns dos autores dos sete projetos finalistas, críticos e urbanistas. Como se sabe, o grande vencedor foi Lúcio Costa, com suas superquadras, as Asas Norte e Sul, a Praça dos Três Poderes, os Eixos Monumental e Rodoviário, as “tesourinhas”, os comércios locais e os prédios de seis andares.
Lista dos finalistas
1º lugar - Lúcio Costa
2º lugar - Boruch Milmann, João Henrique Rocha e Ney Fontes Gonçalves
3º lugar (empatados) - Marcelo Roberto e Maurício Roberto; Rino Levi, Roberto Cerqueira César, Luiz Roberto de Carvalho Franco e Paulo Fragoso
5º colocado (empatados) - Carlos Cascaldi, João V. Artigas, Mário Wagner V. Cunha e Paulo de Camargo e Almeida; Henrique E. Mindlin e Giancarlo Palanti; Construtécnica S/A – Milton C. Ghiraldini
Segundo o arquiteto Jeferson Tavares, responsável pela pesquisa dos projetos, a seleção permite uma percepção das decisões do júri: “Compreendemos, assim, que a eleição dos finalistas esteve diretamente atrelada aos preceitos da vanguarda urbanística da época, ligada ao Movimento Moderno, embora a contribuição dos projetos vá além desses preceitos”. E conclui: “A mostra é um olhar sobre a realidade urbana brasileira da primeira metade do século XX, cujas soluções – esquecidas ou ignoradas – ainda podem nos ensinar através de erros e acertos”.
Na mostra, haverá painéis com imagens e textos que sintetizam cada uma das sete propostas premiadas, além dos comentários do júri, precedidos de uma breve contextualização do período e de fatos antecedentes ao concurso de 1957. O concurso do Plano Piloto era uma disputa de ideias, não de detalhes. De alguma forma, isso será revivido nesta exposição.
Haverá, também, um conjunto de vitrines com um pouco da memória em torno da inauguração de Brasília.
Exposição: “Outros Planos: Brasílias”
Abertura: 20 de abril, às 19h30
Visitação: 21 de abril a 16 de maio
Debates: 27 de abril e 11 de maio, às 19h30
A cidade informal do século XXI
Ao pensar no futuro da cidade contemporânea não se pode deixar de refletir sobre a cidade informal - formada a partir de ocupações precárias do território como, por exemplo, as favelas – e as transformações que têm ocorrido a partir das propostas de arquitetos. Esse é o tema de “A Cidade Informal no século XXI”, que tem curadoria da arquiteta Marisa Barda.
Trata-se de uma mostra interativa, em que projetos pontuais realizados por arquitetos brasileiros e estrangeiros serão abordados a partir de quatro temas, como se fossem operações táticas, que melhor representam os problemas das favelas: Conexões, Transições, Fruições e Transformações. Esses temas permitirão uma visão crítica do trabalho apresentado.
A ideia de reunir esse conjunto de projetos que (re)desenham a cidade informal aparece como continuidade das propostas apresentadas na Bienal de Roterdã, em outubro de 2009, cujo tema foi Open City: Designing Coexistence. A subcuradoria do evento foi feita pelos arquitetos Rainer Hehl e Jorg Stolmann, que, para a seção Squat, selecionou como uma das referências os projetos para a comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, elaborados por seis escritórios ou arquitetos: Urban Think Tank (Venezuela), Elemental (Chile), Christian Kerez (Suíça), Ciro Pirondi, Marcos Boldarini e MMBB Arquitetos (Brasil).
A mostra “Cidade Informal no século XXI” soma a essa seleção os trabalhos dos alunos da Escola de Design da Universidade de Harvard, realizados para o Cantinho do Céu, sob a coordenação do professor Christian Werthman; e os trabalhos dos alunos da Universidade de Columbia, sob a coordenação de Alfredo Brillembourg e Hubert Klumpner, os quais abordaram vários aspectos das áreas informais na cidade de São Paulo. A integração desses projetos com os estudos elaborados para as mesmas áreas pelos alunos da Escola da Cidade, faculdade de arquitetura de São Paulo, possibilitará uma reflexão a partir da experiência de arquitetos de vários países, todos com o mesmo propósito: redesenhar as cidades informais do século XXI.
Para melhor ilustrar a complexidade desse trabalho, serão apresentados projetos e maquetes de obras já construídas ou em fase de realização para diversos espaços informais da cidade de São Paulo. A cidade informal também estará representada como um percurso didático, possibilitando a compreensão dos processos e condições das favelas de São Paulo. A favela de Paraisópolis, com posição estratégica próxima ao bairro do Morumbi, será objeto de estudo a partir de levantamentos realizados in loco.
Em cada sala da exposição, os projetos poderão ser estudados de forma detalhada em mesas equipadas com computadores, livros publicados e cadernos, em que o público poderá escrever críticas, fazer propostas e elaborar esboços. Uma pequena sala de cinema projetará vídeos da Urban Inform, da 4ª IABR.
Realização: 4 th International Architecture Biennale Rotterdam e Secretaria Municipal de Habitação da Cidade de São Paulo
Abertura: 7/4/10, às 19h30, com palestra de George Brugmans, diretor da 4ª Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã
Visitação: 8/4/10 a 9/5/10
Modernista: 80 anos
A mostra é uma homenagem à "Exposição de uma casa Modernista", ocorrida em 1930, primeira vez que se tentou no Brasil reunir diferentes artes visuais dentro de uma casa em estilo arquitetônico e decoração modernistas. A casa em que foi realizada a Exposição é a mesma que receberá a mostra atual: a Casa Modernista da rua Itápolis, projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, restaurada por iniciativa da família e que estará aberta à visitação até 18 de abril.
Reúne móveis e objetos desenhados por Warchavchik, filmes e dezenas de fotografias das décadas de 30 e 40, além de plantas de projetos do arquiteto, como a da residência de Felicíssima Assunção Lara; apartamento em Copacabana; oito casas populares na rua São Samuel, Vila Mariana; nove casas populares na rua Turiassu; conjunto de casas na rua D. Bertha, Vila Mariana; oito projetos de móveis e parque modernista da Vila Mariana. O Warchavchik fotógrafo retratista de pessoas públicas, familiares ou anônimos, com um enquadramento, luz e tratamento muito característicos dos anos 40, também poderá ser visto, em cerca de 30 fotografias inéditas.
"Modernista: 80 anos/Acervo Warchavchik" não se trata de uma reedição da Exposição e, sim, de uma confirmação da pertinência e permanência desse estilo até nossos dias. Ou seja, as condicionantes estéticas e éticas que geraram aquele movimento continuam vivas, mesmo se em outro contexto social, político e tecnológico.
A visitação faz parte da Visita guiada Warchavchik. A programação disponibilizará ao público vans que partirão do MCB com destino à Casa Modernista da rua Itápolis, em diversas datas e horários. Há acompanhamento de educadores.
No MCB serão apresentados documentos originais sobre o arquiteto e a casa, curados por Ilda Castello Branco.
Realização: Carlos Eduardo Warchavchik e Piratininga Associados
Visitas guiadas
Saídas do MCB: 27 e 28/3; 3, 4, 10, 11, 17 e 18/4
Horários: sábados, às 10h, 11h, 14h e 15h; domingos, 14h e 15h
Agendamento pelo telefone (11)3032-3727
Gratuito, vagas limitadas
Também é possível conhecer a casa sem participar das visitas guiadas. Veja as datas:
Exposições
Modernista: 80 anos
De 26/3 a 11/4, de quarta a sexta-feira, da 13h às 18h; sabado, domingo e feriado, das 10h às 18h; na rua Itápolis, nº 961
Mostra no MCB - de 23/3 a 18/4
Local: Museu da Casa Brasileira
Av. Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano Tel. 3032-3727
Ingresso: R$ 4,00 - Estudantes: R$ 2,00 (Gratuito domingos e feriados).
Acesso a portadores de deficiência física.
Visitas orientadas: 3032-2564 agendamento@mcb.org.br
Site: www.mcb.org.br
Twitter.com/mcb_org
Estacionamento: de terça a sábado até 30 min. grátis, até 2 horas R$ 8,00, demais horas R$ 2,00. Domingo: preço único de R$ 10,00
Fonte: http://www.mcb.sp.gov.br
terça-feira, 6 de abril de 2010
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